quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Feliz 2012!!



Aos queridos leitores do eBook Soluções.

Estamos num pequeno recesso de final de ano. Voltaremos com muita energia em 2012.

A você, leitor, a você, leitora, desejamos

Feliz Ano Novo!!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Está chegando o tablet do Google

Numa entrevista ao jornal italiano Corriere dela Sera, Eric Schmidt deixou escapar (propositalmente, com certeza) que o Google planeja lançar um tablet em 2012.

Independente do suposto vazamento involuntário, é óbvio que o Google tem essa intenção. Senão vejamos:

1) o Google tem uma parceria com a Samsung na produção do Galaxy. A Samsung entra com o hardware e o Google com o software, uma variação do Android, do qual já falamos aqui.

2) o Google comprou a empresa Motorola. Uma das intenções desta compra é, obviamente, entrar no mais aquecido mercado de equipamentos digitais, o mercado de tablets.

Se for mesmo fabricado, o tablet virá com o sistema operacional Android 4.0 e, dessa forma, milhares de aplicativos estarão disponíveis para o equipamento desde o seu nascedouro.

O lado ruim dessa possibilidade é o crescimento desmesurado do Google, que já é chamado de Oráculo da Internet. Imagine-se o proprietário de um tablet do Google: ele terá o Google como sistema de busca, sistema operacional administrado pelo Google (verdade que essa administração é feita em parceria com outras empresas e instituições) e hardware fabricado pelo Google. É muita concentração de poder. Nem mesmo a Microsoft, quando era mais forte, conseguiu isso.



domingo, 18 de dezembro de 2011

Tablets e eReaders


Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Essa expressão bem brasileira deve ser usada quando falamos de eReaders e tablets. Até aqui, este site tem chamado os dois dispositivos de tablets, indistintamente. A partir de agora, vamos mudar isso, separando as denominações, para melhor esclarecimento do leitor.

O que é um tablet?
É um computador portátil, com pequena memória e pequena capacidade de processamento. Em compensação, é extremamente portátil (existe essa expressão?), ainda mais do que um notebook ou um netbook É leve, pequeno o suficiente para caber no bolso do paletó, mas grande o suficiente para permitir uma boa visualização de e-mails, sites e jogos. Tem tela de LED, ou seja, é uma tela de computador em miniatura.

O tablet é usado para jogar, acessar a internet, escrever textos, ver vídeos, etc. Não tem capacidade, no entanto, para uma planilha eletrônica mais pesada, ou para um editor de vídeos, só para citar dois exemplos do que ele NÃO pode fazer. Portanto, o tablet NÃO substitui um notebook, muito menos um PC.

O que é um eReader?

eReader é um tipo especial de tablet. Para falarmos dele, é significativo dizer o que ele NÃO faz:

- eReader não permite assistir vídeos
- eReader não roda jogos
- eReader não tem tem luz na tela
- eReader não mostra cores. A tela é em preto e branco

Falando assim, a garotada que é conectadíssima ao mundo digital logo reclama: "então, não dá pra fazer nada com esse tal de eReader". Na verdade, os eReaders foram feitos para honrar o nome que têm: leitores digitais. Eles foram feitos para ler livros. Sua tela sem luz é agradável como papel. Por não terem luz são mais leves.

Então essa é a diferença entre um tablet e um eReader. Como mostra a imagem acima, até a maneira de segurar acaba sendo diferente. Note-se como o eReader está sendo segurado como se fosse um livro. Repetimos: é possível, sim, ler livros no tablet, mas é mais agradável ler num eReader.

O eReader mais famoso é o Kindle, da poderosa Amazon. Como todos os seus concorrentes, a tela é de e-ink (tinta digital), ou seja, não mostra cores e não tem luz. O problema é quando se trata de um livro com imagens coloridas. Ou contendo vídeos e gráficos interativos, como o eBook do Al Gore, que mostramos aqui. E a tendência é, justamente, a de eBooks que contenham esses elementos que não podem ser aproveitados num eReader...

Mas, no momento, 95% dos eBooks têm apenas textos e uma ou outra imagem. Então, ainda há uma longa vida pela frente para os simpáticos e despojados eReaders.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

HP tenta pegar o bonde colaborativo

A HP, que até agora oferecia seus tablets com o sistema fechado webOS, exclusivo da empresa. Nesta semana, resolveu tornar o webOS um sistema opensource, isto é, de código aberto. Foi uma decisão tardia, agora que o sistema já está defasado. Melhor seria passar seus tablets para o sistema Android, que está se transformando no sistema universal para esses aparelhos.

Já mostramos aqui como o sistema Android, por ter se universalizado, permite que o usuário baixe, gratuitamente ou por preços bem módicos (na faixa de R$ 10,00), diversos aplicativos úteis. Fica então o vácuo para o webOS, pois a comunidade que administra e melhora o Android já conhece bem o sistema, enquanto o webOS é um estranho no ninho, desconhecido de programadores fora da HP. Haverá todo um caminho a percorrer, enquanto o Android já está lá na frente.

Até a poderosa Amazon, que tem seu sistema operacional exclusivo para o kindle, lançou o Kindle Fire, que usa o Android, embora numa versão disfarçada, envergonhada. Agora também a HP abre seu sistema, embora mantendo-o no formato webOS.

Este site aposta que, em um ano, a HP lançará tablets com o Android instalado. E a razão é simples: a internet é um espaço colaborativo, e não exclusivista. Cada vez mais, as pessoas querem que um tablet converse com o outro sem fronteiras.

O tablet caminha para se tornar um dos principais dispositivos digitais, além do PC (que continua firme e forte). Em tamanho menor, o tablet poderá até substituir os smartphones. A tendência de unificação do sistema operacional é irresistível.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O português de lá e o de cá


Brasil, Portugal e outras nações usam o idioma português. Mas, na verdade, não é exatamente o mesmo idioma. E não é só uma questão de pronúncia. São idiomas usados de maneira diferente, assim como o inglês dos EUA é diferente do inglês britânico. Sobre isso, Winston Churchill, em discurso dirigido ao público dos EUA, disse, brincando:
- Somos duas nações separadas pelo mesmo idioma.

O português de Portugal é um idioma exato, matemático. O português brasileiro é um idioma dedutivo. Por exemplo, um brasileiro, no final de uma festa, pergunta a outro brasileiro:
- Você está de carro?
O outro responde:
- Eu te dou uma carona, quer?
Se a pergunta fosse direcionada a um português, ele responderia:
- Sim, estou.
Ou seja, responde-se EXATAMENTE àquilo que foi perguntado, sem se embrenhar em tentativas de especular o que o outro estaria querendo dizer com aquela pergunta.

Outros exemplos:
- Qual é seu celular?
Um brasileiro responderia dando o NÚMERO do celular. Um português provavelmente responderá:
- Nokia.

Caso real, ocorrido com turista brasileiro em Portugal (esses casos devem ser comuns). Era uma sexta-feira. O brasileiro precisou ir à uma farmácia, comprar um medicamento de seu uso. Fez a compra normalmente e foi embora, atravessando a rua. Então lembrou-se de que no domingo teria que comprar mais uma dose do medicamento. Mas não sabia se encontraria a farmácia aberta em pleno domingo. Para não ter que voltar à farmácia, cruzando de volta pela rua, só ele foi tirar sua dúvida em uma banca de revistas próxima.
Perguntou ao jornaleiro:
- Senhor, aquela farmácia, do outro lado da rua, fecha aos domingos?
- Não senhor. Não fecha.
- Obrigado pela informação.
Despediu-se e foi embora para o hotel. Pois bem, no domingo, ao dirigir-se à farmácia, encontrou-a fechada. Desapontado, foi até o jornaleiro, tentando esclarecer o caso:
- Senhor, o senhor me disse que a farmácia não fecha aos domingos, mas ela está fechada.
- Ah, sim, está.
- Mas o senhor disse que ela não fecha aos domingos.
- Não, não fecha. Ela fecha aos sábados à uma da tarde e reabre na segunda-feira às oito horas da manhã. Aos domingos ela não fecha. Aos domingos ela ESTÁ FECHADA.

Um amigo deste articulista contou o seguinte: a esposa dele exerce trabalho no qual tem que se comunicar, por telefone, com outros países. O primeiro contato com Portugal transcorreu da forma contada a seguir.
Depois que a ligação foi completada, a brasileira iniciou a conversação:
- Alô?
- Está lá? - respondeu a moça portuguesa.
Nesse ponto, a brasileira fez a pergunta usual:
- Quem está falando?
A resposta foi:
- Você, ora!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Software da semana - Corel Draw

Andam dizendo por aí que o PC morreu, o que está longe de ser verdade. O PC é, mais do que nunca, necessário.

Da mesma forma, este autor já ouviu muito o prognóstico: "o Corel Draw acabou". O que também não tem o menor fundamento. Ainda não surgiu um software que faça o que o Corel Draw faz. O que se aproxima um pouco de competir com o Corel Draw é o Inkscape, programa de código aberto que abordaremos futuramente. Mas o Inkscape ainda precisa melhorar muito para chegar ao nível do Corel.

Não vamos aqui fazer um tutorial de CorelDraw. Mas damos apenas alguns exemplos do resultado, para que o leitor leigo tenha um vislumbre dessas capacidades:



Há inúmeras outras ferramentas que o CorelDraw reúne e que só ele reúne. O Corel Draw pode exportar os arquivos em formato vetorial svg, que é um formato vetorial. Isso dá mais nitidez às imagens e textos exportados. E o formato epub, que é hoje o formato universal para arquivos de eBook, aceita esse formato.

Portanto, o Corel Draw, além de ser muito útil para livros e revistas em papel, também tem uma grande aplicação em se tratando de eBooks.



Livro em foco - No Silêncio dos Meus Olhos




Este livro aborda uma visão de mundo.

Uma visão da sensualidade, uma compreensão da família e dos amigos.

Sendo poesia, é uma visão que suaviza, em alguns momentos, a crueza da vida. Em outros momentos, intensifica essa crueza.

A poesia de Claudia Castro esculpe as palavras e as frases, assim, dela podemos extrair prazer, independentemente do conteúdo, apenas pela forma. Forma de brincar com as palavras, como se a rima fosse um eco de montanhas.

Sensualidade marcante, leveza, lembranças, amores... tudo num só turbilhão de emoções. Tudo envolvendo-nos nesse doce torvelinho, que ela compartilha prazerosamente com os seus leitores.

Trata-se de um livro bastante visual, com inspiradas fotos (como a da capa) e muitas imagens e símbolos sugestivos espalhados por suas páginas.

A prosa, muitas vezes, tem a força da razão, dos argumentos. A poesia tem a força da beleza.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A distãncia entre o eBook e o livro


O ambientalista estadunidense Al Gore acaba de lançar a continuação de seu livro Uma verdade inconveniente, que trata do aquecimento global. Este novo trabalho, denominado Our Choice (Nossa escolha), foi lançado em formato eBook.

Abaixo está a apresentação, em video, deste novo eBook. Realmente, parece que o eBook começa a se distanciar do livro, a largos passos. A enorme interatividade do eBook não é apenas para encantar o leitor, mas se encaixa perfeitamente na proposta de livro de informar e de permitir que o leitor compreenda bem o assunto.

Assista ao video. Depois voltamos a conversar:


Como vimos, trata-se de um outro conceito de eBook. Imagine-se o poder que isso tem para acelerar o aprendizado das crianças e jovens nas escolas. Imagine-se um eBook ficcional que utilize esses recursos.

É bem verdade que a incorporação de vídeo e som nos arquivos de eBook ainda é uma tecnologia em desenvolvimento. Essa demonstração foi de um eBook construído especificamente para os aparelhos da Apple. Mas isso é só uma questão de tempo. Inevitavelmente virá.

Claro, sempre haverá aqueles que preferem um livro (em papel ou digital) que tenha somente texto, e no qual as imagens ficarão por conta da imaginação do leitor. Também é válido, claro. Mas, mesmo para estes casos, o eBook tem vantagens sedutoras. Uma delas, só para citar, é o preço. Outra é a facilidade de carregar quantos eBooks quisermos na bolsa ou na mala, sem que isso signifique peso a mais.

Menos peso. Menos preço. Mesmo que os eBooks ainda não tenham, todos, os recursos apresentados neste vídeo, ainda assim eles estão destinados a conquistar amplas fatias do mercado editorial.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A profissionalização do escritor


Este blogueiro escreve, no mais das vezes, ouvindo uma rádio da internet que só toca trilhas sonoras. São 24 horas por dia, todos os dias, executando trilhas de filmes estadunidenses. Realmente, podemos ter as objeções que quisermos sobre os EUA, mas uma coisa temos que reconhecer: eles sabem ser profissionais. Imaginemos um músico que recebe a encomenda de uma trilha sonora. Ele não pode descumprir o prazo e depois dizer ao diretor do filme: "ah, sabe o que houve? Não me veio inspiração, por isso não vou poder cumprir o prazo contratual". Não existe essa opção. Imaginemos um diretor de cinema, que recebeu um prazo do produtor do filme. Ele tem uma produção a dirigir, incluindo atores, cenários, câmeras, iluminadores, criadores de efeitos especiais, músicos. E um prazo a cumprir para entregar ao produtor a sua obra. E ele, em geral, entrega a obra no prazo.

A cantora Gal Costa, numa entrevista, há muitos anos atrás, confessou que não canta em casa. Disse que, na verdade, não gosta de cantar. Que o faz profissionalmente. Para alguns pode ter sido um choque. Gostamos de imaginar o artista como alguém que ama o que faz. Mas tentemos imaginar uma cantora, um cantor, que já vem pela estrada há 20, 30 ou 40 anos. Alguns cantando as mesmas músicas. Ele ou ela só poderá seguir pelo profissionalismo, e não porque aquelas músicas ainda causem algum frisson, alguma emoção a mais.

O brasileiro é um sonhador. E isso é bom, desde que se trabalhe ativamente para transformar o sonho em realidade. Na área de livros, o que ocorre é que muitos autores iniciantes levam anos para escrever seus livros. E isso não é viável, nem para um iniciante, nem para um veterano.Não é viável economicamente, exceto se o autor tem outras fontes de renda. Então, não é um autor profissional, mas um autor eventual

Há coisas que levam anos para se completarem. Robert De Niro, com sua empresa Tribeca Productions, produziu um grandioso show em homenagem a Fred Mercury, que estreou em 2002. A preparação do show levou seis anos. De Niro justificou: "Esse é o tempo normal que esse tipo de coisa leva para ser feita". Só que, durante essa preparação, os produtores estavam investindo dinheiro e, portanto, De Niro, sua empresa e sua equipe estavam recebendo seus proventos mensais. Hoje, com a crise nos EUA, talvez já não fosse possível esse prazo de seis anos...

Se o escritor iniciante vive de outra coisa, então, como dissemos, ele não é escritor profissional. Não vive disso. E talvez não se importe se o seu livro vai vender muito ou pouco. Um profissional não pode se dar ao luxo de não se importar. Ele tem que se preocupar com a venda do livro, pois disso dependem seus ganhos.

Existem poucos escritores profissionais, no Brasil e no mundo. É uma questão a ser discutida. Mas o fato é que, num mundo capitalista, o artista tem duas escolhas: ser um amador que, como o próprio nome diz, ama o que faz, mas não ganha dinheiro com isso. Ou ser um profissional que se impõe prazos e metas, e consegue auferir seus proventos a partir de sua arte.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Mais leitura, urgente!!


Site dessa imagem aqui

Para que os livros em papel e os eBooks sejam produtos mais vendidos em nosso país, é preciso estimular o hábito da leitura. O Brasil melhorou nesse quesito nos últimos anos, mas ainda está longe de países vizinhos, que cultivam a leitura como um fator fundamental de Educação.

O baixo índice de leitura explica porque os alunos do ensino fundamental e médio vão tão mal nas provas de redação do ENEM. O estado de São Paulo, por exemplo, obteve uma das mais baixas notas nesse quesito.

A falta do hábito de leitura explica também porque vemos tantos erros de portugues em placas, cartazes e avisos. Todos podemos errar. Não somos perfeitos. Mas, além de um certo limite, o erro denota ausência de leitura.

Será que o Brasil se diferencia de seus vizinhos por se espelhar excessivamente nos EUA? Afinal, com todos os méritos que os EUA têm, trata-se de um país que tem baixíssimo índice de leitura e baixíssima qualidade na Educação básica pública.

A maioria dos tablets tem inúmeras funções, além da leitura de livros. E boa parte dos jovens entende os livros como uma obrigação, como algo que ele tem que "encarar" quando está na faculdade.

Os jovens que agora já estão em postos de trabalho e que se formaram na década passada já encontraram uma escola - seja pública ou particular - com qualidade bastante questionável. Por isso, não é surpresa vermos placas, avisos e menus de restaurantes com erros graves de português. Também por isso é comum que haja dificuldade de intelecção de textos nas empresas.

Recentemente, o MEC lançou a campanha pelo livro popular, Nós, que militamos na área de Ebooks e livros em papel, precisamos encontrar meios de estimular a leitura. Uma iniciativa que vai nesse sentido é o Programa do Livro Popular (PLP), lançado pelo Ministério da Cultura, que visa baratear o livro e facilitar o acesso a ele por parte das camadas mais pobres da população.

Ao abrir inscrições para editoras e revendedores, o PLP também estimula essas empresas a se conectar mais com os leitores da classe C. As obras devem ter preço máximo de R$ 10,00. Para as grandes editoras, cujos custos são maiores, não é fácil chegar a esse preço. As editoras pequenas, por seus custos menores, talvez levem vantagem.

O PLP é uma boa iniciativa, mas não pode ser a única. É mister que mudemos os paradigmas dos brasileiros em relação ao livro e à leitura.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Autossuficiência

site da imagem aqui
Ministros de Comunicação da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) se reuniram para planejar a construção de uma banda larga para a região. A proposta da reunião foi do Brasil, apresentada durante o Fórum de Investimentos Brasil-Colômbia, ocorrido em agosto deste ano, em Bogotá.

Esse é um assunto importante para o Continente. Até hoje, grande parte das conexões que utilizamos passam pelos EUA. É uma situação insustentável, até mesmo do ponto de vista da defesa do país. As Forças Armadas, provavelmente por considerar que essa dependência nos torna vulneráveis em caso de algum conflito (que, esperemos, nunca ocorra). Tanto assim que o satélite brasileiro que a Telebras, em conjunto com a Embraer, a ser lançado no início de 2014, tem como uma de suas funções prioritárias a comunicação militar. Além, claro, de ser utilizado no PNBL - Plano Nacional de Banda Larga.

O fortalecimento da internet na América do Sul resulta em fortalecimento de tudo o que se relaciona a ela, como é o caso dos eBooks. Os tablets têm pequena capacidade de armazenagem. Boa parte de suas funções é executada "em nuvem", isto é, recorrendo a arquivos e programas que estão guardados no ciberespaço. 

O ciberespaço não é nenhuma dimensão etérea, mas sim um conjunto de grandes computadores, chamados servidores. Boa parte desses servidores gigantescos está, hoje, nos EUA. É nessas supermáquinas que está boa parte da memória da internet. Isso não é mais aceitável. É fundamental que o Brasil, assim como a América do Sul, assumam no mundo virtual a posição que já têm no mundo político-econômico. Foi-se o tempo em que éramos apenas um quintal dos EUA. Hoje o Continente Sul-Americano é uma das regiões que mais cresce no mundo. No Brasil, por exemplo, quase dobrou o número de smartphones em um ano.

Então, é necessário que um passo importante seja dado em relação à internet, para que possamos universalizar o acesso à web, a mídia de todas as mídias.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Brasil acelera

Imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

Segundo pesquisa do instituto GfK, a venda de smartphones cresceu bem acima da média mundial nos primeiros 6 meses de 2011. A média mundial já é alta: 69% em comparação com 2010. Pois o Brasil ultrapassou essa marca e bateu em 80%, ou seja, quase dobrou a venda desses aparelhos.

Não há muitas dúvidas de que o mesmo ocorrerá com relação aos tablets. O Brasil, o jovem brasileiro, está como que uma esponja pronta para absorver as novas tecnologias digitais. E aqui falamos do jovem de qualquer classe social.

Como já dissemos em outros artigos, há uma tendência de crescimento ainda maior dos tablets, já que o Governo Federal retirou vários impostos do produto ao classificá-lo como um computador (o que, de fato, ele é). Com isso, o preço se reduziu. E se reduzirá ainda mais com o estímulo à fabricação dos tablets em nosso país, inclusive o iPad. O detalhe impressionante é que o iPad será, PELA PRIMEIRA VEZ, fabricado num país ocidental. Então, esqueça aquele bordão usado no passado, "não compro nada feito na China, Tailândia ou Indonésia". O iPad é feito por lá. Agora será fabricado também no Brasil, por um acordo do Governo com a empresa FoxConn, de Taiwan.

Mas, voltando à aceleração brasileira, ela é o resultado de uma conjunção de fatores, entre eles a crise na Europa e nos EUA. É natural que as empresas multinacionais queiram investir num país - e num Continente - que está navegando bem na tempestade. Toda empresa pensa em investir num mercado promissor "antes que meu concorrente faça isso". Então, passa a ser uma corrida pelos mercados. Ganha mais quem chegar primeiro.