segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Aprendendo a digitar

Como usar seu editor de texto de maneira inteligente

Essas dicas valem para o Word, o LibreOffice, o Calligra ou outro editor que você utilize.

Muitos de nós aprendemos a usar o computador por conta própria. E isso é um mérito e tanto. Mas há lacunas que acabam não sendo preenchidas. Algumas dessas lacunas estão no fato de que deixamos de usar os recursos disponíveis nos softwares. Por exemplo, nosso editor de texto. Listamos aqui dicas simples, que facilitam e melhoram a diagramação de seu texto. Os recursos mostrados já são velhos conhecidos de muitos mas, de outros, não.

1) Para centralizar um texto, clique no ícone de centralização
Muita gente, até hoje, quando vai centralizar um texto, digita espaço, espaço, espaço, quantas vezes forem necessárias para que o texto pareça mais ou menos no centro. No entanto, os editores de texto têm as quatro opções para textos: centralizar, alinhar à esquerda, alinhar à direita e centralizar. Os ícones correspondentes são:



Portanto, não é correto centralizar "a olho", já que o software tem um recurso para fazê-lo de maneira precisa.

2) Para estabelecer um recuo da primeira linha do parágrafo, utilize a opção correspondente no menu. Muitos fazem isso da mesma forma como centralizam: digitam espaço, espaço, espaço. Uma perda de tempo. No LibreOffice a janela é assim:



No Word, é preciso clicar num microscópico ícone:

E aparece a janela:



Ao utilizar os recursos dos editores de texto, você poupa seu tempo, e também poupa o tempo de quem for diagramar seu livro. Quando recebemos um arquivo de texto com os erros mencionados acima, temos que apagar TODOS os espaços a mais e refazer as centralizações e recuos da maneira certa.


domingo, 29 de setembro de 2013

evolução

Blender 3D, um software gratuito profissional


Esta imagem veio deste vídeo do Youtube ensinando a modelar no Blender (em inglês).
 Ao olhar para trás, aqueles que, como eu, acompanham o desenvolvimento de softwares de computação gráfica, ficam espantados com a tremenda reviravolta no mercado.

Há uns 10 ou 15 anos atrás, poucos softwares dominavam o cenário em todas as áreas. Eram softwares caríssimos, ainda mais caros na área de computação gráfica (cg). Pagava-se, no mínimo, U$ 5.000 por alguns deles. Muitos programas vinham com um dispositivo físico que tinha que ser instalado no computador para bloquear qualquer tentativa de pirataria.

Mas, o cenário mudou. Hoje, há centenas de softwares gratuitos ou de preço mais acessível. Eu disse centenas? Corrigindo: se estamos falando de TODAS as áreas (pacote de escritório, softwares de imagem, agendas, criação de sites, softwares científicos, computação gráfica, softwares de segurança, etc, etc) então esse número sobe à casa de dezenas de milhares, talvez até centenas de milhares.

É um oceano de softwares os mais variados. Para encontrar o mais adequado ao nosso uso, é preciso buscar, buscar, experimentar. Bem, mas aqui estamos falando de computação gráfica e, mais especificamente, do Blender 3D. Então, foquemos no assunto.

O que é, afinal, computação gráfica?

A rigor, computação gráfica é imagem. Qualquer imagem. Então, o Paint, pequeno programa de criação de imagens que vem com o Windows, não deixa de ser "computação gráfica". No entanto, quando se usa esse termo, em geral se está referindo a programas que simulam um ambiente tridimensional. Pode-se, por exemplo, criar uma cena com uma árvore, uma casa, um sol se pondo.

O ambiente virtual simula o mundo físico. Isso está sendo feito de forma cada vez mais realista, a ponto de não se poder mais distinguir se uma determinada imagem é uma foto ou foi criada no computador.

Usando programas de computação gráfica é que se faz filmes como Shrek, ou filmes-catástrofe com prédios explodindo, ou filmes como Avatar, só para citar um.

No entanto, a computação gráfica também é muito utilizada para criar capas de livros, ou ilustrações internas de livros e revistas. Na Editora Sucesso, usamos bastante o Blender, o Vue e, ocasionalmente, alguns outros softwares de computação gráfica.

Blender

Blender 3d é um software opensource, isto é, de código aberto. Isso significa que as milhares de linhas de código que compõem o programa estão disponíveis na internet para serem baixadas, analisadas e até modificadas por um usuário mais experiente. Isso tem uma vantagem adicional: não há nenhum software espião embutido pois, se houvesse, seria descoberto instantaneamente pelos usuários que conhecem linguagem de computação. Já nos softwares pagos...

Blender é gratuito. E aí logo vem a pergunta: mas, se é gratuito, que vantagem os desenvolvedores têm em mantê-lo no ar, atualizá-lo, investir tempo nele? A resposta é múltipla:

- os desenvolvedores oferecem cursos de Blender a baixo custo, camisetas, CDs com bibliotecas, etc;
- os usuários podem usar comercialmente o software para atender a seus clientes;
- usuários mais experientes oferecem cursos e tutoriais. Os cursos têm um preço, ainda que baixo, e os tutoriais são precedidos de publicidade do Google / Youtube, e uma porcentagem do dinheiro obtido com essa publicidade vai para o autor do tutorial.

Em resumo: software gratuito é aquele em que muitas pessoas ganham um pouco de dinheiro cada uma. Software pago é aquele em que poucas pessoas ganham MUITO, MUITO dinheiro.

A imagem que ilustra este post demonstra como o Blender, nas mãos de um artista, pode gerar imagens tocantes e intensas. Para isso, é preciso que o artista seja talentoso mas, também, é fundamental que a ferramenta tenha uma qualidade superlativa. E o Blender tem.

Se quiser experimentar o Blender, você pode baixá-lo em http://www.blender.org . Na internet você encontra uma quantidade colossal de tutoriais para começar a trabalhar com o software. Abaixo, alguns endereços:

Aqui temos o curso básico, gratuito, oferecido pelo prof. Allan Brito, arquiteto e expert em Blender. Para fazer o curso é preciso se inscrever, o que também é gratuito. Os cursos avançados do Blender custam R$ 39,90.

Os tutoriais do site Little Web Hut (Pequena Cabana da Internet) são bem didáticos e pedagógicos. O link acima remete especificamente para os tutoriais do Blender. São tutoriais em inglês, mas se você sabe o básico do idioma, conseguirá entender. Aliás, esses tutoriais servirão para incrementar seu inglês!

A página da VScorpianC tem tutoriais de diversos softwares, incluindo Blender, Gimp (criação de imagens) e InkScape (imagens vetoriais). VScorpianC é uma mulher. Isso é incomum para o Blender, pois a computação gráfica é meio que um "clube do Bolinha". Os tutoriais deste site são excelentes, explanados num clima de descontração e cordialidade.